Era uma noite como qualquer outra? Apenas parecia...
Os pais de Isabel dormiam calmante e Isabel estava se forçando a permanecer de olhos fechados. O ambiente em seu quarto era extremamente gelado, mas todas as janelas já estavam fechadas e não tinha como o vento penetrar aquele quarto. Isabel sabia que se abrisse os olhos, não esqueceria do que vira. Ela também sabia que o que fizera há três dias estava errado.
Seu avô havia falecido e depois dela ter descoberto que a herança não havia sido repartida com ela, ficou irada e chutou a cruz que estava ao lado do túmulo.
As três noites, que se sucederam ao enterro, foram bem desconfortáveis e ela estava cansada. Quando deu 6h12, o frio que habitava o quarto cessou. Rapidamente ela correu até o quarto de seus pais e gritou desesperadamente tudo o que lhe estava acontecendo. Seus pais ficaram perplexos e, depressa, correram até a igreja mais próxima.
Lá, encontraram um padre que aparentava ter 50 anos. O pai de Isabel lhe contou tudo o que acontecera com a sua filha. O padre rezou pela família e disse que a menina deveria ficar na igreja durante a noite e que seus pais deveriam regressar para a casa e pegá-la ao amanhecer. E assim o fizeram.
Os pais de Isabel pareciam mais calmos em saber que sua filha estaria bem. Eles estavam a caminho da igreja e falavam bastante sobre o que fazer quando chegasse lá. Eles foram até o endereço, mas algo estranho havia ocorrido. O endereço era apenas um terreno baldio. A mãe correu para todos os lados, mas, espantada, parou, pois avistou algo. Ela parecia paralisada. Então, o pai foi até o local que chamara a atenção de sua mulher. Viu uma cruz branca de madeira derrubada e uma lápide grafada com o nome ISABEL.
(Beatriz Menezes Jardim - 702 - 2019)
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